25 de fev. de 2012

Terapia online



Como a maioria de nós, Sandra Deco tem um trabalho pra lá de estressante e, no dia-a-dia, não sobra tempo para quase nada. Mas, apesar do relógio, Sandra precisava continuar as sessões com a psicóloga, até para colocar tudo no lugar e conseguir lidar com a rotina. A solução veio da tecnologia. Mais precisamente, da terapia virtual. Agora, além de não ter mais que se preocupar com horário ou trânsito, o sofá de casa se transformou em um verdadeiro divã.

Sandra, que é conselheira tutelar, diz que "você se sente mais relaxado, à vontade, porque, como a nossa vida é muito corrida, você não precisa se preocupar com horário, trânsito, carros estacionados ou com o estacionamento que vai fechar".

Já Milene Rosenthal, sócia-fundadora do Psicolink, diz que a mobilidade do serviço online faz com que "a orientação psicológica aproxime o psicólogo e o deixe mais disponível para a população. É uma forma mais rápida de você entrar em contato com esse profissional e sanar suas dúvidas ou ter uma primeira orientação. Há também a praticidade e o custo menor", diz.

Sandra já faz terapia online há quase um ano e meio. E, como ela, cerca de 40% dos pacientes da sua psicóloga também são atendidos da mesma maneira: virtualmente. Já existem vários sites especializados e credenciados pelo Conselho Regional de Psicologia. Tudo que o paciente tem a fazer é se cadastrar, procurar um psicólogo disponível e, através de vídeo ou um simples chat, dar início à sessão. Cada atendimento dura 50 minutos e custa, em média, R$65.

Angélica Amigo é psicóloga e explica que a grande sacada está na praticidade. Assim, o paciente evita o trânsito, não sai de casa e tem um atendimento rápido: "As pessoas não escolhem a hora para ficarem angustiadas. A angústia aparece, o problema vem. E a pessoa quer um acolhimento imediato. Então, um grande benefício é você poder ter essa ferramenta à mão em qualquer hora que puder", diz.

O atendimento online não é exatamente a mesma coisa de uma sessão no consultório. Mas, quem já experimentou garante que funciona. Sandra diz que "para algumas pessoas pode funcionar, para outras não". No caso dela, deu certo.

Angélica Amigo diz que acredita "que o sofrimento é o mesmo, quando o paciente vai ao consultório ou quando ele senta na frente do computador, buscando ajuda. E vemos esse sofrimento da maneira como ele é. O paciente realmente transborda também na frente do computador. É diferente sim, mas não menos eficiente".

Mas Milene alerta: "Como a orientação psicológica não substitui a terapia, pode ser que ele comece algumas sessões de orientação e vá para a terapia presencial. Porque a ideia é ser um serviço complementar do psicólogo".

A ferramenta tecnológica é mesmo bem legal. Mas, vale o alerta: se você for procurar este tipo de serviço, certifique-se de que o site tem o selo de credenciamento junto ao Conselho de Psicologia. Isso diminui o risco de cair nas mãos dos espertões, que podem querer passar por psicólogo. Mais do que isso: informe-se sobre o profissional antes de pagar por uma sessão online. Afinal, quando o assunto é saúde, todo cuidado é pouco.

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